Para que um futuro melhor seja possível
A situação económica com as suas consequências na qualidade de vida dos cidadãos tem constituído há vários anos um motivo de reflexão e de intervenção cívica por parte de vários economistas e pensadores que fazem dos princípios da Doutrina Social da Igreja uma plataforma para a sua abordagem. Nas últimas semanas o Grupo Economia e Sociedade publicou o documento “Para que um futuro melhor seja possível”.
Perante dois factos relevantes – constatação dos efeitos perversos das políticas de austeridade e crescente manifestações de descontentamento – o Grupo quis alertar para a criação de um novo rumo para o país, que não pode limitar-se à mera reconquista dos objetivos financeiros. O desemprego, o empobrecimento, o aumento das desigualdades, a desindustrialização, o desmantelamento progressivo do estado social atiraram-nos para uma situação de emergência. Para a enfrentar é preciso ousadia para um debate mais amplo, tomando consciência coletiva da situação em que nos encontramos e traçando uma definição clara dos objetivos prioritários.
Partindo do que somos, refere que temos de pôr em destaque o potencial que temos, “mobilizando energias adormecidas e suscitando respostas inovadoras” para ultrapassarmos o “desperdício nacional”, registando que “o problema do país não é tanto a falta de dinheiro, mas o facto de aquele estar mal repartido e mal aplicado”. Há que olhar para o modelo económico e social que queremos, pelo que é necessário consensualizar as prioridades na governação e na políticas públicas, a saber: - a centralidade da pessoa humana, o bem-estar e qualidade de vida, o bem-estar coletivo. - a prioridade do bem comum e da coesão social. - o correto relacionamento dos governantes. - uma posição de responsabilidade, sem subserviência. Finalmente há que avançar com mudanças no modelo económico, analisar as disfuncionalidades e também mudar as coordenadas da matriz cultural dominante; e ainda, há que agir para evitar a depressão coletiva e a anomia social.
V.G.
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